terça-feira, 16 de agosto de 2011

A luz incerta de estação cala-se no escuro... perdem-se ao longe os passos a caminho de casa...as cores escondem em ritmo lento o cansaço... fica deserta a brisa de folhas, a nascer-se de outono... o próximo comboio chega de manhã ...vão voltar a correr...vão voltar dormentes de pressa... o tempo arrefece...

O relógio dos ponteiros grandes...o comboio silencioso, deserto e fora de horário...sem odor a carril...sem maquinista nem passageiros...sem paragem noutras estações...destino incerto... Ficam na estação, desertos de olhares ausentes de quem por lá passou e a cada folha caída se desiste de acenar...

Não precisas de bilhete... só vontade de ir...

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