Frente da janela de quinto andar os néons entram-se tecto dentro sem pedires. Reflectem-se coloridas e penetrantes... misturam-se nuas a procurarem-se de ti. Balanças em ritmo intro com esta do Mayer a crescer-se de princípio vital e movimento... a cresceres-te de ti. O soalho testemunha o que a cama não pode conter... um beat crescendo de sons urbanos de que a lua se esconde envergonhada. Os cortinados deixam-se chegar com um vento curioso a querer-te no mesmo tempo de verbo. Os ouvidos das paredes recusam ouvir do teu suor a afronta despudorada que desafias ao silêncio, sem vontade de fim...
"she comes and she goes like no one can she comes and she goes she's slipping through my hands"
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