domingo, 29 de agosto de 2010

Frente da janela de quinto andar os néons entram-se tecto dentro sem pedires.
Reflectem-se coloridas e penetrantes... misturam-se nuas a procurarem-se de ti.
Balanças em ritmo intro com esta do Mayer a crescer-se de princípio vital e movimento... a cresceres-te de ti.
O soalho testemunha o que a cama não pode conter... um
beat crescendo de sons urbanos de que a lua se esconde envergonhada.
Os cortinados deixam-se chegar com um vento curioso a querer-te no mesmo tempo de verbo.
Os ouvidos das paredes recusam ouvir do teu suor a afronta despudorada que desafias ao silêncio, sem vontade de fim...

"she comes and she goes
like no one can
she comes and she goes
she's slipping through my hands"

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